Cerveja à vista

Hoje recebi minha encomenda: duas garrafas da Hysteria.
Mas é importante que eu relate todo o ocorrido.

Cheguei em casa ao final dia e logo logo assumi minha filha, para liberar nossa assistente para ir à aula. Assim, de imediato começamos as brincadeiras. Mas ela não perdeu tempo e já me avisou que havia chegado um "presente" para mim. Ela já foi me puxando pela mão e mostrando onde estava: no meu criado.

Logo expliquei que era um presente do tio Gustavo para mim e ela já me rebateu "Porquê eu não ganhei? Cadê o meu?". Nisso, foram alguns minutos ensinando que "nós" também ganhamos presentes.



Com isto resolvido, já a motivei a abrir o presente, ver o que tem dentro, o que já aconteceu durante minha fala. Rasgamos a embalagem e logo vimos os meus "presentes", envoltos cada um em um saco plástico, reforçados na altura da tampa com uma fita crepe.

Falei para ela rasgar os plásticos, mas a contive para mexer na fita na tampa, temendo que com o transporte, a pressão pudesse nos causar uma surpresa.

Em pé, ao lado de minha cama, que havia tido sua roupa e colcha trocada naquele dia, resolvi, ao lado de minha filha de 2,7 anos, tirar a fita que envolvia uma das garrafas enviadas.

Aqui começa.

Não precisou de muito, a mesma se soltou com a pressão do transporte, com um estrondo gigantesco e começou a jorrar da garrafa como um champagne. Onde? Sobre a minha cama!! Só que com o barulho, minha filha ficou um misto de susto e admiração com a "fonte" que jorrava diante de seus olhos, querendo se esconder atrás de mim, mas olhar ao mesmo tempo. E eu, sem ter onde direcionar o jato e querendo protegê-la do então susto. O que fiz, comecei a rir.

O negócio é que neste período de tempo, o incansável e desejável néctar não parava de fluir, sobre a minha cama recém trocada, formando algumas poças sobre os travesseiros, no meio e até em um cantinho, ao lado do meu criado.

Minha filha, a esta altura já admirada com toda a situação, repetia incansavelmente "Aí fez pow, poooooooow, bem alto, né papai!?!?!?!" e eu só afirmando e rindo de tudo.


Aí já pensei de imediato: 50% por cento do presente já era. Na verdade uns 25 a 35% foram nesta levada ai. O resto foi para o congelador e para rapidamente ser exterminado, para compensar a travessura, mas também suprir a minha anciedade hystérica. Por fim, demos algumas gargalhadas e fomos atrás da tampinha, que só foi localizada uns 15 minutos depois, sobre a cama da minha filha, que fica em outro quarto.




Acabei nao fotografando tudo que aconteceu, ja que fiquei preocupado em arrumar tudo porque minha mulher estava para chegar. Aí já viu.

Mas valeu o relato. Vamos ao que interessa.

Degustei somente uma das enviadas: Belgian Blond Ale e pelo que experimentei, nao tenho outra opinião: de que é um produto de excelente qualidade.

Sei que as "experiências" estão em constante processo de aprimoramento, tanto de receita, quanto de processos, para que se diferencie do que é ofertado no mercado. E já é!!!!!



Com aromas definidos e próprios, a Hysteria possui um cor turva, bem típica das não filtradas, e espuma consistente e duradoura. Na boca, uma cerveja redonda, equilibrada, com notas de pão e um pouco de caramelo, arrematada por um corpo longo e duradouro, com amargar controlado.



Pelo fato de ter sido reservada em tonel de cachaça, achei que neste lote o álcool se sobressaiu um pouco sobre os demais sabores. Na minha opinião, precisa ser domado para chegar no ponto certo.

Além disto, vejo que o rótulo ainda não condiz com a proposta do nome. Está muito comportado, mas acredito que já já chegamos lá.

Gostei muito do que provei e acredito que em breve teremos uma bela novidade no mercado.

Um abraço e sucesso a todos.