Setembro é o mês das feiras de vinho na França. Neste mês todas as
grandes redes de supermercados, promovem um verdadeiro bota-fora com
rótulos das várias regiões produtoras francesas e, de forma
inexpressiva, ocupando uma diminuta parte da seção, de alguns vinhos de
outros países também. Estando lá em setembro, eu aproveitei o máximo
para conhecer alguns rótulos inusitados de Bordeaux, Bourgogne Alsace,
Loire, Rhône e Champagne. Os descontos nas redes onde garimpei não eram
lá grandes coisas (entre 5% e 10%), mas a diversidade é algo capaz de
deixar perplexo mesmo conhecedores experimentados na arte da
decodificação de rótulos.
Na busca do inusitado, do que não chega ao Brasil e da boa relação
preço/prazer, visitei Carrefour, E. Leclerc, Auchan e Intermarché.
Grandes redes com uma oferta inimaginável de rótulos, possibilitando
aquisições fantásticas tanto para o dia a dia, como para ocasiões
especiais. Sendo possível provar alguns rótulos. As feiras são um
atrativo a parte para os consumidores, que vão às compras de mão dos
encartes especiais de vinhos, recheados das ofertas de que cada rede
dispõe, como que disputando entre si a preferência do consumidor.
Compra-se mais em caixa do que por unidade e nessa hora é preciso expertise para não levar gato por lebre, visto que o preço, a denominação de origem e a graduação (1er Cru ou Grand Cru) do vinho, são às vezes um mero indício da qualidade, não configurando qualquer garantia para uma boa compra. As melhores escolhas passam efetivamente pelo conhecimento das melhores parcelas de cada denominação (literalmente do terroir); do produtor (alguns bons dentre muitos medíocres), do quanto produz a propriedade (quanto menos produzir, melhor) e em última instância, da safra, cuja variação de preço pode chegar a diferenças gritantes. Não é como acertar na loteria, mas é como separar o joio do trigo.
Compra-se mais em caixa do que por unidade e nessa hora é preciso expertise para não levar gato por lebre, visto que o preço, a denominação de origem e a graduação (1er Cru ou Grand Cru) do vinho, são às vezes um mero indício da qualidade, não configurando qualquer garantia para uma boa compra. As melhores escolhas passam efetivamente pelo conhecimento das melhores parcelas de cada denominação (literalmente do terroir); do produtor (alguns bons dentre muitos medíocres), do quanto produz a propriedade (quanto menos produzir, melhor) e em última instância, da safra, cuja variação de preço pode chegar a diferenças gritantes. Não é como acertar na loteria, mas é como separar o joio do trigo.