Já podemos dizer que o Vale do São Francisco é a nova rota de vinhos no país. A região é conhecida pelo sol, pela caatinga, às margens do Rio São Francisco, na região de Pernambuco e na divisa com a Bahia. Hoje a região já conta com sete vinícolas e com este passeio os visitantes podem conhecer os
vinhos tropicais, que possuem um sabor especiais. Dividem com os vinhos também, que têm ganhado cada vez mais espaço, frutas para exportação e comidas típicas.
Com clima familiar, uma das paradas obrigatórias é a vitivinícola Santa Maria, responsável pelos vinhos da linha Rio Sol, na cidade de Lagoa Grande, a apenas 40 minutos de
Petrolina. Com 200 hectares plantados e convivendo ao lado da caatinga, o local é tão acolhedor que o próprio responsável pela vinícola, o empresário português João Santos, é quem recebe a todos. A família, também envolvida no negócio, conta ainda com os filhos do empresário no atendimento dos clientes. A casa principal da fazenda fica ao lado do rio, proporcionando ao passeio um toque ainda mais especial à visita. Como em Portugal, onde diziam ser impossível a produção de vinhos, o desenvolvimento e a produção na região do Vale do São Francisco já é uma realidade. ''As pessoas querem conhecer onde é produzido
aquele vinho que provaram", acredita o empresário.
Outra parada de destaque da Rota do Vinho é a
Fazenda Ouro Verde, do grupo Miolo, em Casa Nova (BA), a meia hora de
distância de Petrolina. Não tem como errar: um grande touro
com o nome Osborne, o brandy produzido pela Miolo, marca a entrada da
vinícola. O ingresso custa R$ 10, incluindo também a degustação para os
maiores de 18 anos. Brandy é um destilado de vinho, envelhecido em barris de carvalho. A
palavra "brandy" costuma ser traduzida como "conhaque" no Brasil, mas a
bebida conhecida com esse nome e que é vendida no mercado nacional não
deriva da uva, e sim da cana de açúcar.
A Ouro Verde tem 200 hectares de vinha plantada, área que deve ser
duplicada até 2020. "Temos uma média de 2 mil visitantes por mês. As
pessoas ficam impressionadas com você produzir vinhos de qualidade em um
lugar de sol. E três vezes ao ano", conta Nilmara Mendes, do grupo de
enoturismo da fazenda. A enóloga ressalta também a importância da madeira na fabricação da
bebida e guia os turistas até onde são armazenados os barris de carvalho
americano. "A madeira passa sabores, aromas e cores à bebida. O brandy
tem um processo de envelhecimento de um ano e meio", conta. As barricas
utilizadas nesse envelhecimento duram 25 anos, e depois disso são
recicladas.
Os vinhos pedem sempre por harmonização e a
gastronomia de Petrolina cumpre o papel na hora de atender a esse
pedido. Um dos lugares que todo visitante precisa conhecer é o
Bodódromo, pátio com estacionamento e dez restaurantes especializados
nas carnes de bode e de carneiro. Achar o lugar não é difícil: a estátua
de um grande bode marca a entrada, na Avenida São Francisco, bairro de
Areia Branca.
Fonte: Midianews